A minha consciência tem milhares de vozes, / E cada voz traz-me milhares de histórias, / E de cada história sou o vilão condenado. - William Shakespeare
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Perdia-se em meio uma fantástica bruma de pensamentos.
Perdia-se e então se calava.
Havia esquecido o seu nome, roubara a incerteza de seu trajeto,
e esqueceu de abandona-la na estrada algum tempo depois.
Então olhou para o lado mais uma vez e percebeu o quão só poderia estar,
e o quanto disso era por mérito próprio.
Ele jamais lhe prometeu coisa alguma,
mas ela insistia em creditar isso a sua arte de encantar.
Ele jamais lhe disse que ia se importar ou que continuaria ali,
mas ela se recusou a ouvir o silencio. Tudo o que restou agora.
Talvez não fosse tão ruim estar perdida.
Talvez tudo o precisaria era um pouco de coragem.
Estava cansada de se sentir fraca, de se acovardar perante seus sentimentos.
Respirou fundo e se lançou aquela imensidão
como quem se lança a um amante a muito procurado.
No final ela o encontrou
onde ele jamais disse que iria por ela. Ela acreditou.
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