2010
Um ano bom por ser ruim, sem mais.
A minha consciência tem milhares de vozes, / E cada voz traz-me milhares de histórias, / E de cada história sou o vilão condenado. - William Shakespeare
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
sábado, 18 de dezembro de 2010
sobre você
Com difusas cores pintando as bordas desse cenário.
Um lindo novo cenário.
E então o show irá recomeçar - pressinto as cortinas se abrindo Caminhado, correndo, com passos atrasados se entrelaçando.
Destinos enroscados a meia-noite - e então você do meu lado.
Todo o puro dissabor se dissolve em mil armadilhas.
As correntes de antes reatadas ao menor toque.
E a verdade, absoluta e sorrateira, se abate sem indulgência sobre nós.
Sempre foi e sempre vai ser.
Destinos enroscados a meia-noite - e então você do meu lado.
Todo o puro dissabor se dissolve em mil armadilhas.
As correntes de antes reatadas ao menor toque.
E a verdade, absoluta e sorrateira, se abate sem indulgência sobre nós.
Sempre foi e sempre vai ser.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
gelo na neve.
Ridiculamente nublada, de forma que os raios do sol nunca sobrepunham se as camadas das grossas nuvens, mas ainda assim esses conseguiam iluminar de forma que cega e arrebata. Exaustivo, mas ainda belo. De uma forma singular e melancólica até. Mas ainda assim belo. Com uma neblina fina, atordoa, deixa para trás o antigo, apenas pelo fato de lembrá-lo que já é velho.
O aroma doce inundando os pulmões desavisados, atordoando os e cansando os como elefantes brancos. A nuvem movendo se lenta, precipita-se sobre a cidade cinza. Pingando continuamente, difusamente. A calmaria entorpece.
Olhe para a janela e aguarde o tempo. Gritando pelos cantos e ocupando tudo. Rinocerontes alados esvoaçam e derrubam suas penas sobre nós. O tempo deixou e expirou. Calados até o fim. O belo fim.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
eu creio que posso voar.
As minhas decisões me perdem e me confundem. Cheia de inércia, cheia de repulsa.
Já não sei mais o quão agradável aquela brisa no meio da tarde pode ser.
Já não sei mais o quão triste é não conseguir gritar quando tudo parece ter se despedaçado.
Como nunca conseguir saber? Jamais descobrir o que habita no todo?
Cansada. A paranóica já ganhou sua carta de alforria para os limites além desse corpo.
Incrível e bonito. Mas não muito.
Ver para crer é hipocrisia disfarçada de racionalidade, e o medo pela mudança é esta nos mostrando como realmente somos.
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Sonhos de sanidade
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