quinta-feira, 13 de outubro de 2011

mexendo o lodo guardado,


E restaura em mim o velho e o novo - essências mofadas, o verbo fundindo.
Uma nova canção para alegrar velhos corações.
Uma mudança maior que já passou, uma fase velha que nunca vai acabar.
Fases são lineares demais. A essência não é linear demais. Nem o tempo. Nem o verbo.
E esse assombro corre um pouco dentro do peito, dentre as pernas e pelos dentes. Roendo cada resquício de sanidade, cada pedacinho de vontade existente.
Respirar. Expirar. Respirar. Gritar. Respirar. Alcançar. Correr.Expirar. Apertar. Expirar. Amar.
O verbo lindo. Vira carne, vira alma, vira gente.
Vira amor. E amor corrói. Corrói tão fundo que muda tudo.
E quando tudo está corroído ao redor, eu sei que nada mudou.