sábado, 11 de setembro de 2010

Cirandar

Radiante. Seus olhos nos meus, sua boca na minha, pele com pele. O jeito como você sorri. Os lábios se curvando lentamente. Sinto a presença, emana energia. Um pequeno lírio florescendo - ou seria uma nova estrela surgindo diante de nossas almas?.
Seus pequenos gestos de homem-sol, encerrando sobra e mistério. A alegria vacila. Um eclipse. Retoma o poder pelas mãos, concreto e abstrato, novamente um sol, um só.
Mil mlhões de pontos entre nós. Mil milhões de anos na história. A distância grita teu nome e eu respondo. Suplico promessas no escuro insubstancial. O silêncio me responde. Clama e me ensurdece. Desnorteia. Sinto o fim próximo, mas então.
Então tudo ressurge outra vez, até querer. Ciranda que nunca cessa, o momento de brilhantismo fugaz que me torna prisioneira do teu gostar. Eu arranco de mim e lanço o novo fugitivo. Mas ele fica no ar, despedaçado. Você não consegue me sentir. Voce não quer me sentir. Pelo menos não assim.
Eu sigo, infindável caminho. Me leva para longe e me arrebata para muito perto. Não se decide. Se entrega e se corrompe. O ciclo contínuo. Imensa ciranda de sentir.

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